Palácio de Xabregas

Este palácio privado, um dos poucos ainda existentes em Lisboa, foi construído entre o final de século XVII e início de século XVIII sobre as antigas casas que Tristão da Cunha possuía no lugar de Xabregas. Esta região foi então entre os séculos XV e XIX um lugar de palácios, quintas de recreio e grandes conventos da cidade de Lisboa que pela sua localização junto ao rio Tejo permitia uma deslocação rápida e cómoda ao centro da cidade assim como ao sul e interior do país.

Este importante navegador ficou conhecido por chefiar a grande embaixada do Rei Dom Manuel I ao Papa Leão X. O Palácio de Xabregas foi ainda residência de várias figuras ilustres da história de Portugal como rainha D. Leonor, os Monteiro-Mor do Reino e por fim dos marqueses de Olhão, nome pelo qual este palácio também é conhecido. No século XVII, quando estava na posse dos Melo, os Monteiro-Mor do Reino, este palácio foi palco de várias reuniões dos conjurados que restauraram a Independência de Portugal em 1640.

Neste imponente conjunto arquitetónico de gosto maneirista, que resistiu em grande parte ao terramoto de 1755, destacam-se artes decorativas como a azulejaria da segunda metade do século XVII e da primeira metade do século XVIII, e pintura mural da primeira e da segunda metade do século XIX que tornam este palácio um exemplar único no seu género.